OPA ao <em>BPI</em> contestada
A operação lançada pelo BCP «nada acrescenta de positivo à economia nacional» e é «uma afronta à dignidade e aos interesses dos trabalhadores dos bancos envolvidos».
O BPI decidiu vender acções que eram do fundo de pensões
O Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Financeira, na sua assembleia geral, a 25 de Janeiro, reclamou das entidades reguladores do sistema financeiro e do Governo que inviabilizem a operação pública de aquisição do BPI, «como forma de defenderem a economia nacional, a justiça e o progresso social». O Sintaf vê no andamento desta OPA que ficaram comprovadas e até agravadas as preocupações que manifestou logo após ter sido desencadeado este «projecto de concentração do capital financeiro», com «prejuízo sério» para os trabalhadores das duas instituições bancárias, para a generalidade dos clientes e a população, bem como «por fortes riscos de posição dominante e, consequentemente, limitadora da concorrência entre empresas dos mesmos sectores de actividade económica», a banca e os seguros. «Prejuízo sério, afinal, para a economia e os interesses nacionais» – refere-se numa moção aprovada na assembleia geral do Sintaf.
O sindicato afirma que «a digladiação verbal a que se tem vindo a assistir entre os banqueiros dos dois bancos, acobertados por grandes accionistas sem escrúpulos, sobretudo de capital estrangeiro, evidencia um apetite insaciável pelo poder económico e político, com total desrespeito e desprezo pelos interesses e pela situação social dos trabalhadores e das suas famílias». A ilustrar a acusação, o Sintaf nota que, enquanto o banco oferente, o BCP, anuncia que, em caso de sucesso da OPA, eliminará pelo menos três mil postos de trabalho e cerca de 100 balcões, o BPI decide abrir várias dezenas de balcões e admitir centenas de trabalhadores, mas também vender acções do BCP – incluindo uma parte significativa que pertence ao fundo de pensões dos trabalhadores.
Inversão
do Montepio
Contra «a permanente violação do princípio da igualdade e da não discriminação, que, ilegitimamente, a Caixa Económica Montepio Geral pratica», a assembleia geral aprovou, também por unanimidade, uma moção em que acusa a administração de «ter como objectivo desincentivar a filiação e participação sindical dos trabalhadores no Sintaf e favorecer as organizações da UGT».
A recusa de adesão do sindicato ao acordo colectivo de trabalho do sector, sem fundamentos válidos, e a «arrogante falta de resposta» à solicitação de reuniões, bem como a negação do crédito de horas legalmente previsto, são apontados como exemplos do «tratamento abusivo e ilegítimo, porque desigual e discriminatório», do Montepio para com o Sintaf.
Para o sindicato, «há uma clara inversão no posicionamento de uma instituição que, ao longo de décadas, se caracterizou por práticas com preocupações sociais, sendo, nalguns casos, um exemplo para o conjunto do sector».
Além de denunciar publicamente este comportamento da administração, o Sintaf propõe-se «encontrar com os trabalhadores da instituição a melhor forma de o combater».
Direitos em causa
Os trabalhadores do Banco de Portuga devem manifestar o seu não conformismo face à retirada de direitos sociais, exorta-se numa moção aprovada na assembleia geral do Sintaf. A luta contra a retirada de direitos dará «um conteúdo eficaz à lucidez e maturidade político-sindical reveladas no recente referendo sobre o acordo de empresa» (no final de Setembro, os trabalhadores rejeitaram o AE que o SBSI/UGT se preparava para assinar com a administração).
Rejeitando a política social do banco central, o sindicato acusa a administração de continuar a não mostrar, perante as admissões de pessoal com elevadas remunerações e benesses e também relativamente à aquisição de viaturas de luxo a mesma preocupação que mostra para retirar direitos conquistados há décadas.
O sindicato afirma que «a digladiação verbal a que se tem vindo a assistir entre os banqueiros dos dois bancos, acobertados por grandes accionistas sem escrúpulos, sobretudo de capital estrangeiro, evidencia um apetite insaciável pelo poder económico e político, com total desrespeito e desprezo pelos interesses e pela situação social dos trabalhadores e das suas famílias». A ilustrar a acusação, o Sintaf nota que, enquanto o banco oferente, o BCP, anuncia que, em caso de sucesso da OPA, eliminará pelo menos três mil postos de trabalho e cerca de 100 balcões, o BPI decide abrir várias dezenas de balcões e admitir centenas de trabalhadores, mas também vender acções do BCP – incluindo uma parte significativa que pertence ao fundo de pensões dos trabalhadores.
Inversão
do Montepio
Contra «a permanente violação do princípio da igualdade e da não discriminação, que, ilegitimamente, a Caixa Económica Montepio Geral pratica», a assembleia geral aprovou, também por unanimidade, uma moção em que acusa a administração de «ter como objectivo desincentivar a filiação e participação sindical dos trabalhadores no Sintaf e favorecer as organizações da UGT».
A recusa de adesão do sindicato ao acordo colectivo de trabalho do sector, sem fundamentos válidos, e a «arrogante falta de resposta» à solicitação de reuniões, bem como a negação do crédito de horas legalmente previsto, são apontados como exemplos do «tratamento abusivo e ilegítimo, porque desigual e discriminatório», do Montepio para com o Sintaf.
Para o sindicato, «há uma clara inversão no posicionamento de uma instituição que, ao longo de décadas, se caracterizou por práticas com preocupações sociais, sendo, nalguns casos, um exemplo para o conjunto do sector».
Além de denunciar publicamente este comportamento da administração, o Sintaf propõe-se «encontrar com os trabalhadores da instituição a melhor forma de o combater».
Direitos em causa
Os trabalhadores do Banco de Portuga devem manifestar o seu não conformismo face à retirada de direitos sociais, exorta-se numa moção aprovada na assembleia geral do Sintaf. A luta contra a retirada de direitos dará «um conteúdo eficaz à lucidez e maturidade político-sindical reveladas no recente referendo sobre o acordo de empresa» (no final de Setembro, os trabalhadores rejeitaram o AE que o SBSI/UGT se preparava para assinar com a administração).
Rejeitando a política social do banco central, o sindicato acusa a administração de continuar a não mostrar, perante as admissões de pessoal com elevadas remunerações e benesses e também relativamente à aquisição de viaturas de luxo a mesma preocupação que mostra para retirar direitos conquistados há décadas.